Logos de Minas Gerais

boa noite e boa sorte

Debora

Pela primeira vez na vida me sinto silenciado.

Não tenho estrofes, não tenho versos e nem palavras

Para tentar te dizer nada

Você me silenciou

Quando meus olhos cruzaram com os seus

E se perderam nesse imenso oceano que é o seu olhar

Profundo e intenso

Imenso.

Para sempre serei acorrentado ao seu calcanhar

Por tanto quanto tempo eu ficar imerso nas suas doces palavras

Que não são pronunciadas

Mas que sempre serão entendidas

Pelo meu coração

Nos momentos de mais profunda alegria

Em que meus olhos amam aos seus

Como se fosse a mim mesmo.

E por você…

Por você eu me torno um homem

Para tê-la como mulher.

Mulher que me faz homem o completo que sou

Homem feliz

Mulher que desejarei a cada dia como se fosse o último de todos.

E como se fosse o primeiro de todos os dias

Como o dia em que meus olhos mergulharam

E nunca voltaram

Do vazio profundo e singelo

Imenso, largo e modesto

Que é o seu olhar

Que eu tanto amo.

Eu te amo.

quarta-feira, 29 julho 2009 Posted by | Arquivado | Comentários desativados em Debora

O Matrimônio (quase) Perfeito

Bem, essa postagem é o começo de uma sério de 3 vou fazer nos dias que seguem. Esta é a primeira parte.

Recentemente venho vivendo um clima de romance inédito em minha vida. Isso tem me levado a refletir sobre o amor. Obviamente não falarei de amor hoje, esse assunto merece uma postagem mais inspirada. Eu resolvi tratar hoje de relacionamentos e de como eles nos influenciam. Eu escrevo essas linhas baseadas nas minhas experiências, realmente não tenho como abranger a experiência universal, pois não sou guru de ninguém. No final das contas vou acabar falando de amor… Finjam que não falei e tudo fica bem.

Ouve um tempo em que me informava muito sobre os livros de esoterismo. Lia metade dos que eu ouvia falar, mas tudo bem. Naquela época me recordo de um livro chamado “O matrimônio perfeito”, de Samael Aun Weor. Um livro muito forte, devo acrescentar. Ousado e direto, curto e grosso. Não recomendo aos católicos e evangélicos, é um livro de revolucionários e deve-se ter a cabeça no lugar para lê-lo. Eu mesmo nunca o li, mas me lembro bem de um trecho que dizia que o matrimônio perfeito era composto de duas pessoas, uma que ama mais e outra que ama melhor. Profundo isso…

Essa frase tem-se mostrado real conforme a vivência vem me banhando de novas experiências e o tempo vem enxugando minhas imaturidades. Realmente um relacionamento de verdade tem dois lados distintos com distintas formas de amar e demonstrar o amor.

O lado que ama mais é o mais afetivo do relacionamento. É aquele que  demonstra o amor que da forma mais profunda e intensa. O amor acaba por ser capital de troca que  financia o seu sacrifício pelo outro. É a parte que se dispõe a abrir mão de muitas coisas pequenas e muitas vezes necessárias em sua vida pelo outro, é a parte que abre mão de tornar as coisas um problema porque ama muito, muito, muito e isso é motivo suficiente. É a parte inconsequente, que não mede esforços, que assina como fiador um contrato do outro com o diabo, que o acompanha até onde suas limitações o permitam, sem se queixar da dor e do sofrimento. Dedica seu amor e seu amor se reflete no outro em forma de luz e como luz retorna ao seu próprio coração mantendo-o firme e forte. É o lado que pode mudar mais facilmente, pois seu amor é o suficiente para que ele não se importe com os defeitos ou diferenças do outro. Na verdade, nos dois lados, o amar sempre é o suficiente. As diferenças acabam por fazer parte do todo que é amado pelos dois, eles se gostam como são do jeito são.

O que ama melhor é o mais sensato do relacionamento, também é a parte mais difícil de ser compreendida. Ele ama o outro de uma maneira tão sublime e grandiosa que coloca o bem-estar do outro acima do seu próprio. Ele se preocupa com o outro e não lhe permite se sacrificar além de seus limites. É o que se preocupa com o sofrimento do outro, mesmo que impronunciado, ele compreende o outro, sabe o que passa e sente, sabe dos seus limites e não suporta a idéia de que ele se sacrifique ou se force além dos seus limites, pois o ama. Ama tanto que quer para o outro o melhor, mesmo que isso venha a machucá-lo às vezes, mesmo que isso signifique que seu bem-estar seja comprometido. Quer para o outro a felicidade, mesmo que não seja ao seu lado. É a parte que administra o sacrifício do outro para que este não se perca em meio ao seu imenso amor. É a parte que demonstra seu afeto da maneira mais sutil e por isso é muitas vezes mal compreendido, pois é como um amante fiel que é devoto, que é fiel, que o corresponde, que vive do amor do outro e transmite o reflexo desse amor para o outro como se fosse para si mesmo. Preocupa-se com o outro e está disposto a fazer sacrifícios pelo outro, talvez até maiores do que o outro possa fazer. Possui o amor mais sincero e silencioso do mundo, um amor muito lindo.

Isso tudo leva o casal a uma harmonia perfeita e realmente ao amor mais maravilhoso e infinito que possa ser imaginado. Ambos trocam seus sentimentos e juntos se tornam perfeitos um para o outro na entrega, no afeto, no romance, nas carícias, no sexo. Se tornam um só, perfeito e auto-suficiente de amor. Esse sim é o romance sonhado pelos poetas, livre de intrigas e desafetos, mas longe de ser livre de brigas. As brigas são muito necessárias. As brigas não foram feitas para separar os casais, ao menos um casal perfeito não. Elas separam casais sem suficiente força de afeto, incapazes de enfrentar com seu amor as diferenças e obstáculos da vida. Elas só nos separam, pois somos fracos. No fim das contas as brigas não foram feitas para nos separar, nós que nos separamos. Elas foram feitas para colocar as coisas nos seus devidos lugares, para ser o óleo que lubrifica essa engrenagem que é o amor entre duas pessoas, foi feita para que um conheça e aceite as diferenças que pertencem ao outro cada vez mais e mais, nos tornando cada vez mais fortes e fazendo com que nos amem cada vez mais como são.

sexta-feira, 24 julho 2009 Posted by | Arquivado | Comentários desativados em O Matrimônio (quase) Perfeito

A carícia essencial – Roberto Shinyashiki

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Bem, essa semana eu tentei escrever diversas vezes, porém só me senti realmente motivado após a leitura de um livro muito especial, o qual tem seu nome no título da postagem.

A carícia essencial” é um livro que recomendo a todos aqueles que têm interesse em conhecer a importância do afeto e  do amor na vida de uma pessoa. O livro traz uma proposta muito bela. Carinho, calor humano, estímulos, amor… No fim das contas são necessidades latentes ao homem tanto quanto comer e beber. Eu reconheço que ele me emocionou bastante e me fez ter uma nova perspectiva de vida, uma menos egoísta. Me fez compreender mais a mim mesmo e a amar de jeito mais puro e sublime àquela que amo. Me fez ver como a vida deveria ser… Como é e como pode ser mudada.

O autor usa uma linguagem muito simples e inquire ao leitor constantemente, o que nos remete a uma interação muito maior com o assunto. É psicologia pura, mas a mais linda possível. Rapaz! Vocês nem imaginam o quão superior e transcendental é a mensagem da obra.

Dei-me o dever de separar um trecho do livro para que vocês possam sentir com o pulsar do coração o que digo com palavras mil vezes mais modestas que a mensagem:

” O desejo sexual é também uma fome natural

É natural o desejo e essa vontade de concretizar esse desejo que se manifesta.

Simplesmente…

Como um botão tende a formar uma rosa,

Como a vontade que se tem de agarrar e ser agarrado…

E aquela coisa de paixão, da entrega…

É poder viver esse desejo…

Assim como comer quando se tem fome…

É tanto amor que se tem desejo de estar dentro do outro, e ter o outro dentro de si, no mais profundo da entrega.

Ter sexo como alimento, sem conflitos, como encontro amoroso, que seja muito mais que uma simples ejaculação.”

Como veem o livro trata de coisas muito mais além da mente. Ele nos leva ao mundo em que eu quero viver… Ele trata de relações humanas, não só de adultos, mas de crianças e da influências das pessoas nas nossas vidas. Dessas mesmas que selecionamos durante a vida, dessas que nos rodeiam.

Procuramos por toda a vida por alguém para compartilhar nossa felicidade, nossa ternura, nossa amizade para podermos aceitá-lo e ser aceitos tal como somos. Isso é um ideal que não tenho palavras para descrever. O jeito mais simples de demonstrarmos nosso amor pelo próximo, seja ele seu amigo, seu parente ou  seu amante é pelas carícias, pelas doces palavras…

No fim das contas procuramos por sermos completos. Buscamos por construir uma personalidade melhor do que a que longe de alguém especial, com as pessoas que nos cercam. Esse livro trata da ciência da vida, da carícia.

Com certeza plena eu o recomendo a todos. Podem lê-lo e verão que não exagerei. Deixo um aviso, tratem de ter sensibilidade senão não poderão ver o que eu não consigo descrever nessa obra. Se não tem sensibilidade a chance de desenvolver uma é enorme com esse livro.

Parabenizo o autor. Ele enxergou no ponto do ser humano que todos deveriam enxergar e chegou ao ponto. Seu livro é nota 10!

quinta-feira, 23 julho 2009 Posted by | Arquivado | Comentários desativados em A carícia essencial – Roberto Shinyashiki

Letra C: O Capitalismo

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03/12/2008

Esse é um texto baseado em uma experiência que tive a cerca de um mês atrás e tem como objetivo mostrar o quão sutil é o espírito de porco dentro de cada um de nós, o capitalismo vivo em nossas veias. Senhores, o que irei dizer aqui é bem simples. A princípio será confuso, mas prometo que a frente se explicará. A minha experiência me levou a crer que o espírito capitalista é como uma carroça.

Começarei do começo para que entendam. Havia em minha casa uma carência por um guarda-roupa decente e a minha prima, na sua infinda solidariedade, nos doou um que não servia mais a ela, visto que se mudaria posteriormente a uma casa onde ele não cabia. Neste ponto analisemos que se o mesmo guarda-roupa coubesse na futura casa este muito dificilmente seria doado, mas tudo bem. O que interessa nesta situação é que não havia meios de locomover aquele trambolho até minha casa facilmente, havia cerca de um quilômetro nos separando do mesmo, então minha amada mãe, em sua divina sabedoria simplificadora de problemas, contratou um senhor que possuía uma charrete, com a qual fazia o serviço de frete. Como muita engorda em um só porco gera sobras eu sobrei e fui encarregado de acompanhá-lo.

Nuca havia andado de carroça! Que momento feliz, que alegria, que gozo! Uma emoção infinda resultante de uma vontade comprimida de infância! Seria tudo muito fenomenal se eu não tivesse me dado conta de que havia uma mula puxando a carroça. Neste momento imagino que os mais hábeis na leitura de meus discursos já sabem aonde quero chegar… Havia uma mula, muito, mas muito cansada mesmo (ao menos parecia assim) puxando cerca de cento e cinqüenta quilos! E adivinhem? Subindo uma ladeira com uma inclinação de no mínimo 45 graus! Isso antes de, logo em seguida, levantar uns quatrocentos quilos na mesma ladeira (o carreteiro, o guarda-roupas e eu), isso desconsiderando a carroça e duas peças de cama doadas adicionalmente (desconsiderados por mim por hipocrisia, visto que o bicho levou o peso do mesmo jeito). Somente isso já seria o suficiente para refletirmos a respeito da situação vivida pela mula, o pior foi a minha reação diante disso: continuei lá, em cima da carroça, por umas duas horas até me dar conta de que tinha de descer…

A situação descrita serve para nos provar uma coisinha que vai doer no orgulho do amigo leitor. Somos as mulas do sistema! Vejam bem a minha conclusão sobre esse evento. A mula estava cansada, muito cansada e eu me dei conta disso, mas mesmo assim, continuei em cima da carroça. Sabem por quê? Porque eu estava sendo muito beneficiado com aquela situação e isso ofuscou até minha visão do que é ética. Eu sou grande defensor da causa contra os maus tratos dos animais, não duvidem disso, mas vejam que não é somente dos maus tratos que falo aqui, eu falo de algo mais… Quando um homem se vê em uma situação de benefício, mesmo que em detrimento do outro, pouco lhe importa a mula, ou seja, nós, tendo em vista o espírito capitalista como o dono da carroça.

A carroça, simbolicamente falando, não passa do fardo que carregamos (dos sistemas, dos pré-conceitos, das opressões, etc, etc, etc…) o qual carregamos sempre sob o açoite do nosso dono, o sistema, que não cansa jamais de aumentar a nossa carga, mesmo que em um morro, a sobrevivência.

Analisem agora o ponto mais mesquinho da história. O sistema é mau, mas não apenas para a mula. O dono jamais irá perceber esse ponto de vista (o da mula), ele sempre se verá com o mesmo cabresto que a mula, sabe por quê? Porque ele precisa da mula e do peso que ela carrega para sobreviver, e pior, ele precisa aumentar essa carga pois senão ele mesmo será a próxima mula da lista a carregar o peso. O dono se vê sob as mesmas leis que estão sobre a mula, porque se a mula não trabalha será ele a trabalhar de forma bem semelhante para outros. O fato de nunca observar a situação da mula nunca o permitirá enxergar que ele próprio é uma mula e que devia ajudar ao que açoita para se ver livre.

Senhores, essa é o capitalismo em sua forma mais simples, demonstrado na história mais simples que pode haver uma mula puxando uma carroça. Quando pararmos de agir como as mulas e começarmos a observar o capim que há na beira do caminho pelo qual passamos deixaremos de ser animais que pensam e seremos homens, homens capazes de largar a carroça, que simboliza a nossa própria ignorância e inconsciência.

quarta-feira, 15 julho 2009 Posted by | Arquivado | Comentários desativados em Letra C: O Capitalismo

Letra B: O Beijo

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02/12/2008

Uma vez certo homem foi a certa rua dar um passeio. Naqueles tempos, assim como hoje, visto que aconteceu ontem, não era comum uma pessoa dar um passeio, ainda mais ao ar livre, que já estava preso há muito mais tempo que eu. Esse homem passou por uma praça e se deparou com um senhor de muita idade, quase um moribundo, cercado por alguns que nunca o tinham visto, mas que o ouviam dizer:

– No meu tempo, um beijo não era esperado. Nossa! Não era mesmo. Ele acontecia e só nos dávamos conta disso quando já havia acontecido. Vocês não têm idéia do que significava um beijo. Um beijo era o selo. Selo daquilo que seus pais contavam a vocês antes de dormir. Sim, daquela lenda, a do amor! De certo sabem que já existiu, não? Eu nunca vi, mas dizem que existe… Não sei por que as pessoas acreditam simplesmente sem saber o porquê das coisas, dizem que isso se chama fé… Eu tenho fé, nunca vi Deus e acredito nele, acreditam! Na verdade ver muitas vezes não é conhecer…

Aquele homem se sentou, nunca havia conhecido alguém que contasse histórias tão bem! Melhor que as de sua mãe! As pessoas envelheciam, mas as histórias, nunca. Com o tempo, sabem os senhores leitores, tudo vira história. O importante é que conforme aquele senhor continuava se afastavam aqueles que não acreditavam em contos de fadas. “Bah, tudo ilusão!”, pensavam alguns; “Pena que não tenho tempo…”, pensavam outros e existiam ainda aqueles que acreditavam em contos de fadas, mas para que acreditar quando o jornal diz que não é assim… Conforme foi abrindo-se o caminho aquele homem se aproximou cada vez mais, até que se sentava ao lado do ancião.

Aquele senhor era mesmo velho e parecia conhecer muito da vida e isso instigou o homem a perguntar sobre essa mesma vida, afinal ele ainda não conhecia nada a respeito dela. Quem sabe aquele senhor não tinha algo a dizer, algo útil para sua existência, algo que mudaria seu modo de enxergar as coisas. Pode ser que aquele homem fosse algo mais que um caminhante do sendeiro da vida, só ser caminhante não bastava a ninguém naqueles tempos, ao melhor dizendo, a quase ninguém, afinal, havia um diante dele.

– O senhor é muito velho e parece conhecer muitas histórias. Sempre gostei de histórias, nunca vivi nenhuma. Interessou-me bastante a do beijo, mas também nunca vivi, ou vivi e não soube. – comentou o homem.

– A ciência da vida é mais importante que a da morte e a do beijo mais que a do amor, pois assim como para reter a morte é necessário conhecer a vida para reter o amor é necessário conhecer o beijo.

– E o que seria o beijo?

– É um momento vivido. Já viveu algum?

– Não me lembro.

– Talvez seja porque o senhor não viveu e sim passou pela vida.

– Dizem que o primeiro beijo é o melhor.

– Não. O melhor é o último.

– Mas por quê? É muito triste que algo acabe. Principalmente uma história…

– Quando algo acaba podemos ter certeza que já havia começado antes. Pior é quando termina sem nunca haver começado. O começo só vale a pena quando existe o término nos lembrando que um dia começamos.

O velho encarou aquele homem. Seu olhar era vivo e penetrante. Ele já estava cansado. Falava muito. Muitos escutavam, poucos ouviam. Nem mesmo ele conhecia o porquê de saber que o que ele dizia era verdade, talvez fé, eu duvido. Era mais a vivência. A vivência supera a fé. Ele não sabia por que ele dizia a verdade, mas sabia que era verdade, então resolveu perguntar:

– Acredita no que eu digo?

– Não senhor, mas o senhor fala bem!

– Porque não acredita?

– Só acredito no que vejo.

– E porque não vê?

– Porque não está diante dos meus olhos, ora.

– E o que está diante dos seus olhos?

– O senhor!

– Acredita em mim?

– Não.

– Então seu erro não está em acreditar no que vê meu jovem e sim no que você pode ver, mas ainda sim não acredita.

– Só vejo infelicidade, morte e dor. E  que mais eu posso ver?

– Somente o que compactua com o que está dentro de ti mesmo.

– E o que o senhor vê?

– Um homem que gosta de histórias.

– E as histórias são verdades?

– Depende de quem as vê. para alguns são histórias, para outros verdades.

Depois disso o velho recolheu-se e foi para a casa de seu pai. O homem ficou calado. Depois de algum tempo foi embora e assistiu ao Show de Fim de Ano 2008 do Roberto Carlos. Ele não entendeu o que viu. Entendeu somente a história que ouviu. E como história ficou. Ainda mais depois do Roberto Carlos… Como disse, a vida passa, mas as histórias nunca… Depende de quem vê.

quarta-feira, 15 julho 2009 Posted by | Arquivado | Comentários desativados em Letra B: O Beijo