Logos de Minas Gerais

boa noite e boa sorte

Por quem os sinos dobram

Resumo: Detalhes e algumas conclusões sobre a polêmica declaração, mais que infeliz, de Boris Casoy sobre os garis, na virada deste ano.

Sempre adimirei o Boris Casoy. Um excelente âncora, com uma opinião bem elaborada e objetiva sobre tudo e todos; sempre acompanhada do seu clássico jargão jornalístico: Isso é uma vergonha! Pois nesse fim de ano a vergonha foi toda dele, se é que ele ainda a tem.

Como todos sabem, Boris Casoy é contratado da Rede Bandeirantes e apresenta o Jornal da Noite nessa emissora. Acontece que, não sei por que cargas d’água, no último dia do ano (justo no último) o destino resolveu nos mostrar por quem os sinos dobram deveras; como é comum nos tempos de Natal e Ano Novo, entre o jornal em si e as chamadas de intervalo da emissora e vice-versa, são mostradas algumas pessoas desejando boas festas. Creio que para dar uma de politicamente correta, a Band, nesse dia, mostrou dois garis desejando bem-aventuraças, e adivinhem? O tiro saiu pela culatra. Na chamada para o início do jornal, sem saber que seu microfone estava aberto, o âncora soltou uma pérola, demasiadamente negra:

Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras… dois lixeiros… o mais baixo da escala do trabalho…

Deplorável. Percebendo a falta cometida, no dia seguinte, ele reconheceu seu erro em cadeia nacional e tentou se refazer, pedindo desculpas. Sei que não se chora pelo leite derramado, mas hão de convir comigo os magistrados, se não fosse assim, Boris estaria enrrascado.

A solução do problema, com certeza, não está somente num pedido de desculpas, visto que essa palavra (desculpas) não faz milagre na alma de ninguém, nem enriquece em nada a pobreza espiritual daqueles  que já não sabem há tempos o que é espírito, mas já é um começo; um mal começo, para uma atitude mal tomada, diga-se de passagem. Como não sou “do mal”, nem quero me regojizar da desgraça de ninguém, eis o outro lado da moeda, o pedido de desculpas, na íntegra:

Ontem, durante o intervalo do ‘Jornal da Band’, em um vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz, que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do ‘Jornal da Band’.

Não é para rir, porém foi trágico, ao mesmo tempo que cômico; quantas vezes não ouvi o homem criticar, em seus comentários, toda espécie de imoralidade e mau costume de políticos (sempre os políticos), autoridades e líderes, pois bem, o mundo gira e  és agora vítima de tua própria criação, Boris: Isso é uma vergonha.

–> Confira o vídeo que mostra o momento em que Boris fala dos garis, despercebidamente e em seguência o seu pedido de descupas:

Boa noite, boa sorte.

segunda-feira, 4 janeiro 2010 Posted by | Arquivado | | Comentários desativados em Por quem os sinos dobram

Amor incondicional uma ova

Resumo: Algumas conclusões sobre o amor e sobre como as pessoas tem extinguido cada vez mais a incondicionalidade do mesmo e, consequentemente, ele como um todo.

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Um samba para Dom Casmurro

Eu sempre achei que o amor,
Que o grande amor, fosse incondicional.
Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse grande encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas, se for um grande o amor, ele voltará triunfal.
Sempre!
Mas não, nenhum amor é incondicional.
Então acreditar na incondicionalidade do amor, é decididamente precipitar o fim do amor, porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e um amor não aguenta tudo, nada nessa vida é assim!
E aí você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece.
Um grande amor não é possível,
talvez por isso seja grande.
Então, assim, nele, obrigatoriamente, pode caber também o impossível.
Mas quem acredita?
Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente?
Como a um deus, incondicionalmente.

Manacá

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Deus é testemunha de que eu já acreditei em amor incondicional, o amor pau-pra-toda-obra, cujos limites a razão desconhece; daqueles de que os poetas, incluse eu, falo tanto.  Bem, minha razão pode enumerar no mínimo uns cinco limites, meu coração não: distância, dinheiro, idade, costumes, maldade e muitos mais. Os leitores só precisam ir ao dicionário, 90% das palavras que estão lá podem findar um “amor incondicional”. A questão é que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento, fazendo minha as palavras de Renato Russo. Portanto, sofreu, não é amor e ponto. Se hoje em dia todo mundo sofre, esperando do amor algo que não é há muito tempo, a incondicionalidade, então amor verdadeiro é utopia. Francamente! Nos tempos de hoje, algo incondicional? Nem amar a Deus é incondicional, hoje em dia! Experimente dar a prova de Jó a um religioso e vê se ele aguenta!

As pessoas confundem o preço das coisas com o valor delas, as pessoas não querem pagar o preço de suas escolhas. O amor não é caro, dada suas medidas, mas é valioso, para quem sabe o que ele é. Resumindo, o amor é recompensador. Confundir paixão com amor é um erro crasso, assim como separar o sujeito do predicado com uma bendita vírgula. Amar é amar, apaixonar-se é apaixonar-se. Paixão nunca teve um princípio  incondicional, paixão, na maioria das vezes, é platônica. Paixão acaba tão rápido como começa, basta enxergar um defeito em quem se deseja e acaba a paixão. O amor já tem a desvantagem de vendar os amantes a ponto de não enxergarem, mesmo tentando muito, os defeitos no outro; tudo se justifica no amor: erros e acertos. Por isso, é perigoso.

O amor entre duas pessoas exige uma condição, sobre a qual ele se institui. A venda do amor não te permite ver que tal condição-base existe. Porém, por quanto perdure essa condição ou estado, perdura o amor. De qualquer outra forma o “pra sempre” sempre acaba, por não nos adaptarmos às novas condições exigidas, por esperarmos que seja tudo pra sempre. Depois só nos resta a nostalgia. Por Enquanto, da Legião Urbana, fala muito sobre isso.

Acreditar na incondicionalidade do amor, hoje, é antecipar uma baita decepção. Para mim, amor é que nem Deus: todo mundo acredita, mas ninguém nunca viu. Quem viu sabe que viu, quem não viu nem sabe o que é direito. O incondicional está em extinção, assim como o condicional está em promoção. E como vem dizendo os bons hábitos da humanidade: tudo em promoção temos que comprar e tudo que está em extinção é mais gostoso de matar. Tá em extinção? Aí que tem que matar mesmo. As ararinhas azuis que o digam.

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Para quem ainda tem esperança, existe um guia do amor verdadeiro e incondicional em um livro, nem um pouco conhecido, chamado Bíblia. Não sou religioso, todos sabem, porém, Paulo sabia das coisas. Recomendo porque vale a pena ler.

–> I Coríntios 13

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Boa noite, boa sorte.

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LEIA MAIS:

–> RECANTO DAS LETRAS: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=44834

–> PARA LER E PENSAR: http://www.paralerepensar.com.br/zezzo

quarta-feira, 30 dezembro 2009 Posted by | Arquivado | , | Comentários desativados em Amor incondicional uma ova

Adeus ano novo, feliz ano velho?

Resumo: Resenha sobre o fim de ano e sobre o que devemos plantar para colher coisas boas (mudar a semente ajuda). Algumas mudanças e algumas diretrizes para o Logos de Minas Gerais em 2010, alguns agradecimentos.

É chegado o momento de fazer o balanço semi-final. O final só vem quando se está moribundo, pronto para bara bater as botas. O que fizemos de ruim contra o que fizemos de bom (para dar um um gás na disputa de bem x mal, recomendo que multipliquem o bem por 10).

Confesso que não tenho nenhuma mensagem maestral para dar este ano. Estou me reencontrando. Abrindo o jogo, com objetividade e sinceridade: foi um excepcional ano, o melhor de todos pra mim, apesar dos momentos difíceis. Se bem que os momentos difíceis que constroem o caráter. Gente feliz não aprende, diz o ditado.

Bem, já que é fim de ano, vou afrouxar a gravata e relaxar um pouco nesta postagem, falar mais abertamente. Só não quero ficar relaxado demais, vejam bem. Quero dispençar alguns agradecimentos; primeiro aos que acompanham o Logos de Minas Gerais, seja via Orkut, seja via blog, seja como for. Sem vocês não haveria este blog, não haveria nada disso. Depois agradecer a alguns amigos: Ítalo Chesley, Lucas Magalhães e Vinícius Ribeiro, que a partir do ano que vem também assinarão colunas aqui. Em terceiro lugar a Débora Cássia, sem ela nada teria sido possível esse ano. Por fim a algumas pessoas importantes que tenho absoluta certeza que não lembrei de citar.

É importante lembrar que vamos passar por uma mudança de formato no LMG, ano que vem. Este blog terá uma equipe, logo, não será assinado apenas por mim. A partir do ano que vem, outras estrelas da escrita estarão por aqui. Pretendo que sejamos ao todo sete e que cada um de nós tome um dia da semana para postar. Nunca vai faltar conteúdo! E os assuntos serão bem variados. Prezando pela qualidade, escolhi pessoas competentes no que fazem; quatro delas estão na listagem de blogs amigos, ao lado, confiram depois. Contando comigo, os outros integrantes são: Ítalo Chesley, Lucas Magalhães, Vinícius Ribeiro, Jonas Barbosa, Nicole e Tchu. Será um experiência espetacular! Ano que vem será um ano de conquistas, sem dúvida. É sonho de longa data inaugurar esse formato aqui, na verdade, nunca esteve no meus planos, desde o princípio escrever aqui sozinho.

Agora que agradeci e prestei contas, vou arroxar a gravata de novo e falar sobre este ano que vem. Li um artigo no blog do Ítalo, hoje, que tratava dos famosos (e hipócritas) tapinhas natalinos nas costas. Bem, não tem como ganhar dos tapinhas… São o festival da hipocrisia mesmo! Vamos nos ofender e guardar rancor todo o ano, depois folgamos no Natal – ridículo. Só queria atentar a uma outra coisa, desta vez a um mal do ano novo: torná-lo cada vez menos novo.

Dizia Renato Russo que tendemos a tornar as coisas sempre mais do mesmo, concordo. Em vez de abrirmos o peito ao novo, cada vez mais nos agarramos ao velho, ao espírito da insegurança, à falta de esperança, aos hábitos antigos, aos paradigmas decréptos. Já dizia eu no saudoso antecessor desse blog, o LogosGV, que a esperança é a última que morre, mas morre. Bem… Eu não sou um fã do homem, esperar que as coisas melhores é utopia! Todavia, não buscar uma melhora é se acomodar no próprio chiqueiro e reclamar do cheiro ruim, mas isso ainda não é o pior; o pior é quando o cheiro não incomoda mais.  No começo, tudo que é ruim incomoda. Pia com goteira, esgoto a céu aberto passando na porta de casa… Depois de uns dias, o barulho da pia já não incomoda mais, o fedor do esgoto já é só mais um cheiro ruim dentre tantas outras coisas, desiste-se de buscar a melhora. Temos o péssimo hábito de nos acostumarmos com o que é ruim,  de nos acomodarmos sobre a merda e, às vezes, sobre uma boa poltrona mediana.

Faço um convite a todos que tiveram paciência de chegar até aqui: não nos acomodemos mais sobre o ano velho, sobre a merda. Busquemos sempre algo novo e melhor (novo nem sempre é melhor. Ex: novo Orkut) Tracemos metas e busquemos alcançá-las, por Deus. Trezentos e sessenta e cinco dias é tempo demais para se passar sobre a mesma merda do ano anterior. Essa merda acumula e no final estaremos num poço de merda; nesse ponto, nenhuma descarga no mundo consegue resolver. Em vez de ir comprar uma roupa branca, pega, pois, o sabão em pó e lava a sua roupa encardida até que fique nova em folha. Comprar um roupa nova não basta para desencardir a antiga. Fica a dica.

Boa noite, boa sorte, bom ano novo.

terça-feira, 29 dezembro 2009 Posted by | Arquivado | | Comentários desativados em Adeus ano novo, feliz ano velho?